ESTADO NOVO – Regime autoritário português (1933-74), também denominado por Salazarismo. Foi caracterizado pelo nacionalismo, anticomunismo, defendeu a estabilidade social, baseada na harmonia entre capital e trabalho; usou a repressão para impor as suas ideias.
LEGIÃO PORTUGUESA – Força civil paramilitar criada pelo governo, para defesa do regime, contra a “ameaça comunista”.
MOCIDADE PORTUGUESA – Organização de carácter paramilitar que fazia propaganda doutrinária do regime, junto da juventude portuguesa.
CORPORATIVISMO - Congregação em corporações de patrões e de empregados pertencentes a um mesmo ramo de actividade. Este foi um meio de organização do trabalho utilizado para evitar antagonismos entre operários e empresários. O corporativismo constituiu a ideia central do regime político do estado novo.
MUD- Movimento de Unidade entre diferentes correntes de opinião contra o Estado Novo, que exigiam do governo alterações como: a formação dos partidos políticos, criação de novos jornais e protecção às liberdades individuais e colectivas. Propostas recusas por Salazar.
INFORMADORES – Pessoas que, não sendo agentes da PIDE, ouviam conversas em locais públicos e denunciavam aqueles que estivessem contra o regime.
S.P.N./S.N.I. – Secretariado de Propaganda Nacional que fazia a propaganda oficial do regime e a censura dos meios de comunicação social. Promovia actividades como o Teatro do Povo e o cinema ambulante, como meios de difusão do ideário do Estado Novo.
PLANOS DE FOMENTOS – planos quinquenais através dos quais, entre 1953 e 1973, o Estado português estabelecia as linhas de rumo do investimento e do desenvolvimento socioeconómico.
CLANDESTINIDADE – Situação em que uma pessoa vive escondida e com uma identidade falsa.
OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA – Termo que designa a oposição legal ou semi-legal ao Estado Novo, a partir de 1945.Aproveitando alguma abertura dada pela revisão constitucional desse ano, as forças oposicionistas passaram a ter maior visibilidade, sobretudo em épocas eleitorais, embora com inúmeras restrições.
ESTATUTO DOS INDÍGENAS – conjunto de leis aplicáveis aos negros naturais das colónias portuguesas da Guiné, Angola e Moçambique. Vigorou entre 1926 e 1961, distinguindo entre “tribalizados”, destribalizados” e “assimilados”. Apenas a estes eram concedidos os direitos de cidadania e o “privilégio” de usar bilhete de identidade português.
PODER POPULAR – Poder directo do povo, que toma em mãos a resolução dos seus problemas e a gestão dos meios de produção. Exerce-se, normalmente, através de conselhos ou comissões eleitas que agem em nome da população que representam.
NACIONALIZAÇÃO – Apropriação pelo Estado de uma unidade de produção privada ou de um sector agrícola, sem implicar a perda da personalidade jurídica e da autonomia financeira. Após o 25 de Abril foram nacionalizadas, em pouco tempo, as instituições financeiras, as empresas ligadas ao sectores económicos mais importantes, bem como grandes extensões de terra agrícola.
MUD- Movimento de Unidade entre diferentes correntes de opinião contra o Estado Novo, que exigiam do governo alterações como: a formação dos partidos políticos, criação de novos jornais e protecção às liberdades individuais e colectivas. Propostas recusas por Salazar.
REFORMA AGRÁRIA – processo de colectivização dos latifúndios do sul do país, que decorreu entre 1975/77. Caracteriza-se pela ocupação de terras pelos trabalhadores, a sua expropriação e nacionalização pelo Estado e a constituição de Unidades Colectivas de produção.
PVDE – Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, chamou-se mais tarde Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) e com Marcelo Caetano, Direcção Geral de Segurança (DGS).
DEMOCRATIZAÇÃO – criação de mecanismos que permitem uma maior participação dos cidadãos nas orientações políticas do país.
AUTONOMIA REGIONAL – situação na qual se encontra uma tregião que apesar de permanecer subordinada aoas órgãos de soberania de um Estado, tem poder para se organizar a si própria.
PODER AUTÁQUICO – poder atribuído às autarquias
DESCENTRALIZAÇÃO - partilha do poder de decisão entre vários órgãos pertencentes a um determinado grupo político.
EXÍLIO - Expulsão para fora do país, com proibição de aí voltar.
MFA- Sigla do Movimento das Forças Armadas, formado por jovens oficiais do Exército, da Marinha e da Força Aérea, principalmente capitães. Começou por , em 1973, defender os interesses desses oficiais , mas depois tornou-se num movimento de oposição ao regime ditatorial, com o objectivo de por fim à guerra colonial e, depois democratizar o país.
CONSELHO DA REVOLUÇÃO – Órgão político do qual faziam parte os principais chefes militares e alguns membros do MFA. Para além de zelar pela legalidade constitucional, desempenhava funções consultivas do presidente da República e funções legislativas e administrativas em relação às Forças Armadas.