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sábado, dezembro 4

Síntese de conteúdos

Em 1926, o golpe desencadeado pelas Forças Armadas, instaurou uma ditadura militar em Portugal, a exemplo do que se passava noutros países da Europa. Contudo, a instabilidade política e os problemas económicos persistiram, contribuindo para agravar o défice orçamental (o valor das receitas do Estado era inferior ao valor das despesas) e a dívida externa. Foi neste clima de instabilidade que, em 1928, o general Óscar Carmona, já chefe do Governo e agora candidato às eleições, foi eleito Presidente da República.

Carmona convidou António de Oliveira Salazar, professor da universidade de Coimbra, para ministro das Finanças. Salazar só aceitou o cargo depois de ver garantida a possibilidade de supervisionar os orçamentos de todos os ministérios e de ter o direito de veto sobre os respectivos aumentos das despesas.
Recorrendo, sobretudo, ao aumento dos impostos e à redução das despesas públicas (principalmente nos domínios da Saúde, da Educação e nos salários dos funcionários públicos), Salazar conseguiu reorganizar as finanças do País. No fim do primeiro ano as receitas do Estado eram superiores às despesas.

O sucesso da política financeira de Salazar deu-lhe imenso prestígio e converteu-o no "Salvador da Nação". Salazar procurou construir um Estado forte, que garantisse a ordem, por oposição à desordem que considerava ter marcado o período da I República, entre 1910 e 1926.
O Estado forte assentava no reforço do poder executivo, de que Salazar seria o chefe, na substituição do pluralismo partidário por um único partido e na abolição dos sindicatos livres. Salazar defendia também a defesa dos valores tradicionais- Deus, Pátria e Família- de modo a formar uma pátria de acordo com a moral cristã (Deus), nacionalista (Pátria) e corporativa (família).
O Estado forte caracterizava-se, ainda pelo imperialismo colonial e pelo nacionalismo económico, à semelhança do que era defendido por Mussolini e, mais tarde, por Hitler.
Em 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho (actual cargo de Primeiro- Ministro) começando desde já a preparar o texto da futura Constituição.

As organizações fascistas

Em 1936 surgiram duas organizações de carácter marcadamente fascista:
- A Legião Portuguesa, organização paramilitar que tinha como objectivo defender o regime salazarista e combater o comunismo;
- A Mocidade Portuguesa, organização juvenil que procurava desenvolver a devoção à Pátria, o respeito pela ordem, o culto do chefe e o espírito militar. Visava, inicialmente, abranger toda a juventude escolar, do ensino primário à universidade, acabando por de tornar obrigatória para todos os jovens dos 11 aos 14 anos.


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